Perfil do Curso de Geografia

Histórico e Relevância do Curso

        O curso de Licenciatura em Geografia (modalidade Plena) foi implantado na unidade em 1986 e autorizado a funcionar pelo Decreto Federal n.º 94.209 de 10 de Abril de 1987, publicado no Diário Oficial da União no dia 13 de abril de 1987 (OLIVEIRA, 1997). Segundo o Projeto Político Pedagógico desse primeiro curso, seu papel era formar licenciados capazes de planejar aulas e atividades que pudessem garantir o processo ensino-aprendizagem. A esse respeito afirma ainda:
        Como forma de garantir uma boa formação dos professores de geografia o curso deveria perseguir os seguintes objetivos:
       O curso de Geografia, Graduação em Licenciatura Plena, tem como objetivo a formação de licenciados para o ensino de geografia como profissionais capazes de pensar a geografia de forma critica.
     O Curso de Geografia da UEG – Iporá atende uma microrregião de aproximadamente vinte (20) municípios num raio de 300 quilômetros de sua sede, oferecendo oportunidade de uma formação acadêmica voltada para o ensino destinado a formação de profissionais que venham contribuir com a formação teórica e metodológica nos diversos campos do entendimento da realidade, para proporcionar um processo educativo, cultural social e econômico.
      O curso tem como meta proporcionar ao acadêmico a compreensão da realidade global/nacional e local dentro de uma perspectiva objetiva, pautada na capacidade de solucionar os problemas relacionados ao ensino da geografia.
        A estrutura curricular do curso compreende um elenco de disciplinas que visam atender a complexidade do entendimento da relação entre do ser humano e sua atuação no meio em que vive.  O curso deverá oferecer um ambiente acadêmico que estimule os debates e a compreensão da realidade em que vivemos, oferecendo dados e informações que subsidiem atitudes praticas dos formandos, quando no mercado de trabalho.
         O acadêmico em Geografia deverá obter informações que o habilite tanto para o ensino quanto para pesquisa, pois o verdadeiro conhecimento é aquele que ajudamos a construir.
       O ensino acadêmico realiza-se no compromisso com a produção do saber, que é social, e historicamente construído e reconstruído, no campo científico. Os cursos de Geografia tornam-se mediadores desse processo de construção de um novo saber para fomentar as mudanças comportamentais da sociedade, buscando um equilíbrio que mova as forças naturais da humanidade.
         Vislumbrando atender a demanda de profissionais para atuarem no ensino fundamental e médio, e sendo a Geografia um curso que se fundamenta no entendimento das relações que se estabelecem entre homem/meio, este possibilita aos seus alunos a compreensão da realidade considerando a velocidade das transformações do mundo contemporâneo, onde novas realidades surgem, alterando consequentemente comportamentos sociais, econômicos e políticos, sendo portanto, necessário criar constantemente recursos que melhor aparelhem o curso de Geografia, podendo citar o aperfeiçoamento de seu corpo docente, criação de laboratórios, e incentivo à pesquisa e extensão.
       A importância do curso de Geografia do Campus de Iporá, é que o mesmo atende uma microrregião, oferecendo oportunidade de uma formação acadêmica voltada para o ensino, destinado a formação de profissionais que venham contribuir com a formação teórica e metodológica nos diversos campos do entendimento da realidade, para proporcionar um processo educativo, cultural social e econômico.

Objetivos do curso de geografia
        A Geografia vem desenvolvendo ao longo de sua história sua consolidação como ciência de correlação entre as os fenômenos sociais e do meio físico. Ela apresenta um amplo vínculo com outras ciências, a fim de explicar os fatos científicos inerentes ao seu arcabouço teórico-metodológico de maneira integrada e dinâmica.  Conforme o próprio DCN, a Geografia é uma ciência em ampla evolução, incorporando, aprimorando e aprofundando metodologias e técnicas que contribuem para o entendimento, mensuração e explicação dos fatores naturais, através do geoprocessamento, sistemas de informação geográfica e cartografia digital, além do desenvolvimento teórico-metodológico voltado para o incremento do acervo de pesquisas nos campos sociais, sócio-ambientais, planejamento, sócio-econômico, urbanos, industriais e até na área da saúde, como mostram as especializações na área da geografia da saúde.

Objetivos do Curso de Geografia: modalidade licenciatura
         Formar profissionais em Geografia capacitados para atuarem nos diferentes níveis de ensino e na pesquisa, sintonizados com seu tempo, atento às necessidades da sociedade e preocupados em empreender uma ação crítica e criativa no mundo atual.

Princípios norteadores
Os princípios que nortearão as ações de formação inicial e continuada dos professores de Geografia na UEG são:
  • A valorização da formação e da ação docente, pautada na reflexão crítica das práticas formativas, buscar-se a romper com a concepção pragmática e utilitarista do fazer pedagógico, que reduz o professor à condição de mero reprodutor de conhecimentos.  A valorização da profissão de professor de Geografia implica em superar a própria autonegação de sua identidade profissional.
  • Integração teoria e prática. A teoria é o “concreto pensado” (Marx e Engels, 1986: 14), mas a realidade concreta não é “o produto do conceito que pensa separado e acima da intuição e da representação, e que se engendra a si mesmo” (Idem: 15). O pensamento é a “elaboração da intuição e da representação” da realidade na forma de conceitos (Idem). Desse modo, embora não determine a prática, a teoria fornece os elementos para a sua compreensão, reflexão e reorientação do seu desenvolvimento, devendo o produto da consciência materializar-se para que a transformação idealizada se insira no próprio fato. A formação teórica e prática implicam, pois, a interação entre o conhecer e o aprender a fazer, cujo resultado “é o saber fazer pensando naquilo que faz”, num processo contínuo de ação-reflexão-ação. É com base nesse entendimento que a integração da teoria e da prática na formação do profissional de Geografia, capacitando-o a atuar com a máxima autonomia na própria formação, orientando sua prática pedagógica no mesmo sentido.
  • Relação dialógica entre formadores e formandos. Este princípio se refere ao estabelecimento de uma comunicação significativa e significante entre formandos e formadores em que os primeiros se apresentam com sua história pessoal, seus saberes e seus valores para apreenderem as possibilidades transformadoras da própria experiência e do conhecimento, e os professores comparecem com sua personalidade, seus saberes e suas práticas, propiciando, naquilo que couber ao trabalho formativo, o pleno desenvolvimento das potencialidades intelectuais dos formandos. Este princípio se fundamenta na compreensão de que o conhecimento é uma construção social e que os estudantes incorporam atributos cognitivos e geográficos, crenças, práticas, expectativas, desejos e necessidades a partir de sua cultura. Os professores de Geografia formados pela UEG devem desenvolver a consciência de que a cultura em que vivem e os modos de pensar e de agir, trazidos para a sala de aula, influenciam a maneira como eles percebem, estruturam e dão significados à sua experiência e ao seu fazer profissional. Ao proporcionarem aos formandos a apropriação de novos métodos, novos meios e diferentes experiências, de forma crítica, os professores dos cursos de Geografia da UEG lhes possibilitam conscientizarem-se de que os “sujeitos” envolvidos no processo educativo atuam, sempre, com um sistema de referência sociocultural. Desta forma, reconhecem a base social de suas percepções, a natureza social e política do pensar e do agir. Ainda mais, terão a oportunidade de eleger elementos teóricos que comporão a estrutura referencial para o seu agir e o seu pensar.
  • A formação de profissionais como um processo contínuo. A formação continuada situa os saberes dos professores de Geografia da educação básica em um quadro dinâmico de situações vivenciadas que, articulando-se com a formação inicial para uma reflexão mais apurada sobre a prática, promova o desenvolvimento pessoal e profissional desses agentes. Isto implica na existência de ligação entre formação inicial e continuada que, apesar de se constituírem em fases distintas, mantêm uma unidade em torno de princípios epistemológicos, éticos e didático-pedagógicos comuns. Este princípio encontra sua sustentação na Resolução CNE/CP nº 1/2002, de 18 de Fevereiro de 2002, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, que, no § 2º do artigo 14, enuncia: “Na definição da estrutura institucional e curricular do curso, caberá a concepção de um sistema de oferta de formação continuada que propicie oportunidade de retorno planejado e sistemático dos professores às agências formadoras”.

Fonte: SITE da UEG/Campus Universitário de Iporá

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