quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Emenda na LDO quer reduzir valores nas contrapartidas dos repasses às Universidades Estaduais e Municipais


Dados da ABRUEM indicam que os percentuais exigidos nessas transferências variam entre 10% e 20% do montante repassado às instituições. Para a entidade cifras elevadas como as praticadas atualmente tornam inviável a aplicação satisfatória desses recursos. 

Apresentada pelo senador Inácio Arruda, integrante da Frente Parlamentar Mista em Defesa das 
Universidades Estaduais e Municipais, a emenda teve recusa baseada no entendimento do governo de que Instituições de Ensino Superior (IES) Estaduais e Municipais devem seguir as regras estabelecidas para essas esferas. “As instituições de ensino superior estaduais ou municipais são entidades vinculadas ao Estado ou ao Município e devem, dessa forma, seguir os limites de contrapartida estipulados para o respectivo ente. A inclusão de regras específicas por setor ou órgão pode dificultar a execução dos processos de transferência voluntária”, é a justificativa do governo ao veto.

Fortalecimento e expansão do Ensino

A flexibilização para repasses federais às Instituições Estaduais e Municipais fortalece a política nacional de educação ao garantir a expansão universitária pelo processo de interiorização. Os projetos de interiorização dessas instituições contribuem com a democratização do acesso aos ensino superior por atingirem áreas não atendidas pelo ensino universitário público federal. Com cerca de 700 mil estudantes em todo país, a custo médio de 20 mil reais/ano cada, essas universidades contribuem para o desenvolvimento regional e superação das desigualdades sociais das localidades em que se encontram inseridas.

A ABRUEM enxerga a derrubada do veto como um importante passo no fortalecimento das Universidades Estaduais e Municipais. O acesso aos recursos a custos mais baixos garante às IES melhores condições para a aplicação desses investimentos nas metas traçadas em seus planejamentos em áreas como aperfeiçoamento de infraestrutura e ampliação de vagas, por exemplo. A entidade mantém ainda negociações para a inclusão de rubrica no orçamento prevendo repasses da União para as Universidades Estaduais a serem aplicados na área de assistência estudantil. O valor desses repasses ainda está em discussão entre as partes envolvidas nas negociações.

A análise do Congresso Nacional ao veto à emenda que dispõe sobre a redução nas contrapartidas está marcada para o dia 18 de março de 2014.

Fonte: Site da UEG 

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