Texto:
Flávio Alves de Sousa
Imagens: Edna Almeida
Foto 1.
Turma do curso de Geografia – 3º e 4º anos.
A aula teve como objetivo
mostrar na prática como são os processos geomorfológicos e quais
os resultados da ação dos fatores internos e externos do planeta na
configuração do relevo terrestre.
A geomorfologia da região do
Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros apresentar caráter suis
generis em
termos de fisionomia, onde é possível entender melhor o embate das
forças tectônicas e climáticas na formação da paisagem.
Aproveitou-se ainda para
mostrar a relação entre relevo e a formação dos solos, bem como
para avaliar algumas características físicas do solo, através de
experimentos de campo.
A Geomorfologia
A
Geomorfologia do trajeto Alto Paraíso Colinas do Sul é constituída
por relevo montanhoso a escarpado, com cristais onde predomina o
quartzito por ser mais resistente aos processos degradacionais
(intemperismo e transporte).
O
conjunto do relevo tem origem em antigo rift
intracratônico (formado no
interior do continente), originado por forças tectônicas atuantes
através da Astenosfera
que fizeram divergir as placas tectônicas, surgindo em seu centro,
uma grande depressão em forma de bacia sedimentar, que foi
primeiramente invadida pelo mar e onde sedimentos de várias origens
foram sendo depositados em camadas concordantes e discordantes por
milhões de anos em diferentes ambientes de deposição, como o
marinho e o flúvio-lacustre. A figura abaixo mostra a formação de
um Rift -Valley.
RIFT
-VALLEY = VALE DE FENDAS
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2. A figura a seguir mostra um
conjunto de serras formadas por erosão diferencial ao longo de
milhões de anos. A estrutura em quartzito (mais resistente)
permanece em destaque, enquanto sedimentos mais finos são
transportados pela água das chuvas e pelos cursos d’água,
formando um complexo de cristas e vales.
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2.
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3. Os sedimentos grosseiros e o
clima de altitude com características subúmida favorecem a formação
de fitofisionomia do cerrado com características rupestres de
vegetação rala e arbustiva, devido à grande presença de sílica
na composição dos solos. A vegetação por sua vez, apresenta
fisiologia de Escleromorfismo
oligotrófico, devido à baixa
presença de bases trocáveis nos solos, e devido à pouca umidade
dos mesmos na metade do ano.
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4. Visão do Canyon
do Rio Preto. O rio escavou o
relevo por milhares de anos, formando um imenso vale alongado, com
paredões rochosos de até 200 m de altura. Nos paredões é possível
ver a estratificação dos sedimentos por ocasião da deposição.
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5. A formação rochosa e o
grande número de falhas tectônicas na área, favorecem a formação
de saltos belíssimos e de águas límpidas, como é o caso deste
salto no Rio Preto, dentro dos limites do PNCV.
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7. Medindo a tensão do solo
através de tensiômetro, que tem como função medir a resistência
da adesão das moléculas de água nas partículas dos solos conforme
a umidade do solo.
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Foto 8.
Observando algumas características físicas dos solos em campo:
Alguns testes preliminares são
passíveis de serem realizados no campo, embora sem muita precisão,
como pegajosidade, plasticidade, cor, textura, porosidade, presença
de carbonatos e de manganês, entre outras.
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9. A melhor
maneira de se conhecer a paisagem é aliando a teoria e a prática,
para isso o geomorfólogo e o pedólogo devem sempre sair de seu
gabinete, para em campo, conferir o pulsar da natureza da qual
fazemos parte.
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9.
Geografia é conhecimento
científico, é cultura, é esporte é paixão.
Por: Flávio Alves de Sousa.
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